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Cálculos Renais: 22 dicas sobre o tratamento!

cálculos renais

Os cálculos renais ou pedra nos rins/ litíase renal/ nefrolitíase podem ser classificados de acordo com os seguintes parâmetros: causa, tipo, tamanho, localização e características ao RX. 

Já o risco de recorrência é determinado pela doença de base/ desordem que causou a formação dos cálculos renais.

Os tipos de tratamento, e cirurgias são variáveis. O urologista é o médico especialista no tratamento das pedra nos rins.

Leia também outro artigo relacionado sobre como evitar as pedras nos rins

Pedras nos rins causas:

  • início em idade precoce
  • histórico familiar de litíase/ cálculo 
  • cálculos de brushita, ácido úrico e urato. 
  • cálculos provenientes de infecção
  • hiperparatireoidismo
  • síndrome metabólica
  • nefrocalcinose
  • doença renal policística
  • distúrbios gastrointestinais 
  • sarcoidose 
  • lesões da medula espinhal 
  • anormalidades anatômicas como as que dificultam o escoamento normal da urina 
  • exposição crônica ao chumbo
  • aumento da próstata causando retardo na eliminação de urina ( click no link para artigo sobre quando realizar prevenção da próstata.)

Pedra nos rins sintomas

  • dor lombar/ abdominal
  • dor que pode ser irradiada para região vaginal e dos testículos; ( leia artigo sobre aumento do volume testículo no link acima)
  • urinar em pequenas quantidades
  • dor ao urinar
  • sangue na urina
  • febre, calafrios associado aos sintomas acima
  • dor intensa ao urinar
  • dor que não permite ficar na posição de repouso
  • enjoos e vômitos
  • infecção de urina ( leia artigo sobre infecção de urina no link )

Diagnóstico

O diagnóstico de cálculo renal inclui uma histórica médica detalhada associado ao exame físico, avaliação dos principais sintomas e exames de imagem.

 A ultra-sonografia é o exame de escolha inicialmente, por ser um método com custo mais acessível e sem radiação, porém o tratamento da dor não deve ser adiado. 

O segundo exame de escolha é a tomografia de abdome e pelve sem contraste. Mas devemos ressaltar que o melhor exame é sempre a tomografia, porém como possui radiação, ideal sempre evitar se possível.

Todos os pacientes que se encontram em um pronto socorro devem realizar exames de sangue e urina para melhor elucidação diagnóstica. 


Em pacientes grávidas, o método de escolha para diagnóstico deve ser o ultrassom de  rins e vias urinárias. Como segundo escolha, pode-se realizar a ressonância nuclear. 

Tratamento: remédio para pedra nos rins
O tratamento deve ser baseado no alívio da cólica renal. Nesse sentido, pode-se usar anti-inflamatórios como primeira escolha, seguido de derivados da morfina.

 O tratamento cirúrgico deve ser feito em seguida se necessário. 


Alguns médicos usam drogas alfa-bloqueadoras( p.ex tansulosina, doxazosina) para redução dos episódios de cólica e eliminação das pedras, porém não há um consenso sobre isso. 


O rim obstruído( hidronefrose ) e infectado é uma emergência urológica. Podemos suspeitar quando o paciente apresenta quadro de febre, prostração, associado a dor.  

A terapia médica expulsiva para os cálculos renais , isto é, uso de medicações no intuito de eliminar cálculos ureterais distais pode ser realizada. 


Para cálculos de ácido úrico, pode ser tentada a realização de quemólise ( dissolução) do cálculo com uso de bicarbonato de sódio. 


Leco= litotripsia extracorporal por ondas de choque que é um método no qual se tenta a fragmentação através de ondas de choque. 


Cirurgia de pedra nos rins

As principais modalidades cirúrgicas são:

  • ureterorrenoscopia : método cirúrgico minimamente invasivo, onde utilizamos um aparelho através da uretra( canal urinário) 
  • nefrolitotomia percutânea : procedimento cirúrgico onde fazemos uma punção na região lombar, no intuito de acessar o rim. Utilizado em cálculos renais maiores que não foram totalmente eliminados pelo método acima, ou que o método acima não é indicado pelo tamanho e localização do cálculo renal. 
  • cirurgia aberta: utilizado em casos onde a nefrolitotomia percutânea não pode ser realizada devido a dificuldade de acesso lombar, ou quando se deseja uma resolução do quadro do paciente e hospital não dispõe do material para cirurgia.  
  • cirurgia laparoscópica: cirurgia onde se faz pequenos furos no abdome no intuito de se acessar os rins. Possui excelentes resultados, principalmente em cálculos que estão impactados no ureter ( ureterolitíase) ou pedras nas pelve renal. 
  • devemos ressaltar que em todos métodos iremos usar o cateter duplo j ao final do procedimento

Existem dois métodos para fragmentação dos cálculos durante as cirurgias: o balístico, e o laser. 

O que seria isso? São modalidades diferentes de aparelhos para poder fragmentar os cálculos. O mais eficiente é o laser, que gera menores complicacões e resultados. 

Após o tratamento cirúrgico, paciente deve manter hidratação vigorosa e analgesia, mesmo após tratamento definitivo, porque os pacientes podem ter dor intensa no pós operatório. 


Após resolução do quadro agudo, faz-se necessário acompanhamento com nefrologista, que irá identificar prováveis causas das formações de cálculos, e prescrever o tratamento profilático para a formação de novos cálculos.


Além disso, é necessário o controle com o seu urologista conforme recomendação do mesmo. 


Principais Dúvidas dos Pacientes no Consultório de Urologia


1) O chá de quebra pedras é eficaz? Chás para pedra nos rins


O chá de quebra pedras e qualquer outro tipo de chá não possuem qualquer efeito na eliminação dos cálculos.

O que acontece é que o paciente ao hidratar maior quantidade de água através do chá, ele acaba empurrando alguma pedra parada no trato urinário, que acabará saindo pelo canal da urina.

O grande problema do uso desses chás é achar que ao expelir um cálculo, o problema foi resolvido. Porém, o problema só está sendo postergado. 

 
2) Porque o custo da cirurgia é alto? 


Hoje utilizamos métodos minimamente invasivos, que propiciam ao paciente, alta hospitalar mais rápida, menor tempo para voltar ao trabalho.

E os materiais utilizados não podem ser re-utilizados, encarecendo desta maneira o tratamento cirúrgico.

Além disso, o maquinário cirúrgico em alguns casos, tem vida útil, e com o tempo não poderá mais ser utilizado. Alguns aparelhos são usados em média por até 30 vezes apenas.


3) Estava com dor intensa, e a dor melhorou. Estou curado? 


De forma alguma, pois o que pode ter acontecido é que a pedra/ cálculo se acomodou em um local que não esteja obstruindo totalmente a urina, aliviando desta forma a dor. Sempre procurar seu urologista de confiança 


4) Até qual tamanho que os cálculos renais podem sair? Pedra de 4mm é grande?


O valor limite para expulsão do cálculo é em torno de 7mm, sendo que a maioria dos cálculos menores conseguem ser expelidos.

Alguns pacientes são tão sintomáticos, que opta-se por cirurgia de pedra nos rins ao invés de se esperar a expulsão espontânea das pedras. A dor persistente leva ainda a perda de dias de trabalho. 


5) Quando deve procurar um urologista? Sintoma de pedra nos rins.


Dor lombar, dor ao urinar, sangue na urina, exames mostrando cálculos renais, dilatação do rim ( hidronefrose) sem fator aparente.

Além disso, se tiver outros sintomas de alarde como febre, pus na urina, calafrios, nauseas, distensão abdominal= inchaço.


6) o que é o duplo j? Qual a sua função? 


Usa-se esse tubo de Poliuretano no intuito de manter pérvia as vias urinárias. Além disso, ele evita quadro de dor no pós-operatório. 

Ele é implantado no fim da cirurgia de extração de cálculos, ou previamente a uma LECO, sendo retirado em torno de até 15 dias após a cirurgia. 

Em algumas cirurgias, devido ao estreitamento das vias urinárias, optamos por passar o cateter de duplo j, deixá-lo por alguns dias, e posteriormente tentar novamente acessar o rim através da ureteroscopia.


7) Posso ficar muito tempo com um cateter de duplo j? 


O tempo máximo é de até 4 meses com o mesmo, e se necessário ficar mais tempo, fazer a troca do mesmo. É muito importante você ser informado e saber se está com com um cateter de duplo j no pós operatório, pois ele pode ficar incrustado na sua via urinária causando problemas na hora de retirá-lo 

8) O cateter duplo j pode causar dor? O que mais ele pode causar? 


Em alguns pacientes o cateter pode causar grande desconforto, principalmente ao urinar, sendo necessário analgesia.

Pode causar ainda sangue na urina, aumento do número de micções. 


9) A menstruação atrapalha as cirurgias ou retirada de duplo j? 


Não, você pode realizar o procedimento sem maiores complicações. 

10) Alguns médicos deixam o um fio de nylon saindo pelo canal urinário; o que é esse fio? 


É um fio que esta ligado ao duplo j. A função dele é evitar um novo procedimento cirúrgico para retirada do duplo j.

Deve-se portanto evitar puxar esse fio.

Se o paciente começar a ter incontinência urinária( perda de urina) usando esse fio, poderá ter havido deslocamento do mesmo, e o fato deverá ser comunicado ao seu médico


11) o DUPLO J pode causar alguma complicação? 


Sim, pode haver incrustação( ficar preso) na via urinária, podendo haver trauma com perfuração renal, sangramento na urina. 

12) Porque alguns cálculos renais aparecem no Ultrassom e Rx e outros não? 


O ultrassom é operador dependente, isto é, a capacidade em achar cálculos renais vai depender da experiência do médico que está fazendo o exame. 

Já no caso do Rx, em alguns casos, os cálculos são vistos ao US, e não são vistos no RX. E porque ocorre isso? Porque alguns cálculos possuem na sua constituição maior quantidade de cálcio. aparecendo assim na sua constituição, e outros como o de ácido úrico, que tem pouca quantidade de cálcio não aparecem ao RX. 

13) Fiz um exame e o médico identificou um cálculo renal. Posso viver normalmente com um cálculo renal? 


Sim, principalmente após fazer a avaliação com seu urologista. O ideal é repetir o exame em um ano. Porém, o que pode acontecer é que esse cálculo migre e cause dor e necessidade de cirurgia futuramente, como nos casos da ureterolitiase.


14) Posso trabalhar com cálculo renal? 


Sim, não há qualquer contra-indicação ao trabalho. Ter cálculo renal também não causa afastamento no INSS

15) Pedra nos rins é genético? 


A causa de pedra nos rins é multifatorial, e algumas das causas pode ser genética sim.

Então se na sua família há uma propensão há ter cálculos, ideal fazer uma investigação profilática com um urologista de confiança.

16) Posso comer de tudo se tiver cálculos renais? 


Se você já tem histórico de cálculos renais, ideal é sempre evitar excesso de sal e proteinas( carne, shakes de aminoácidos). 

17) Quais as principais complicações em cirurgias de cálculos renais? 


Complicações leves: dor, sangramento, infecção, incapacidade para realizar a cirurgia devido dificuldade técnica ou problemas nos aparelhos, 


Complicações graves: sepse, perfuração de orgãos, sagramento volumoso, avulsão do ureter, necessitando abordagem cirúrgica aberta, estenose do ureter após o procedimento podendo causar perda do rim.

18) Pode ocorrer inchaço na barriga?

Sim, em alguns casos devido quadro de dor, parada de eliminação de urina, uso de medicamentos que diminuem o trânsito intestinal podem ocorrer uma distensão abdominal.

19) Como é retirado o duplo j?

Sempre em ambiente limpo e cirúrgico, sendo mandatório algum método anestésico.

20) Remédio caseiro para pedra nos rins. Algum funciona?

Não existe nenhuma evidência que mostre que esses medicamentos funcionem até a presente data. Não existe o remédio para expelir pedra nos rins.

O suco de abacaxi para eliminar pedra nos rins não funciona!! O abacaxi com cerveja para pedra nos rins também não funciona!! Cerveja preta com abacaxi para pedra nos rins igualmente!

21) Quem tem pedra nos rins pode fazer esforço?

Sim, não há nenhum contra-indicação para o exercício físico, devendo apenas manter hidratação abundante.

23) Pedra nos rins causa inchaço na barriga?

Sim, pode ocorrer devido ao uso de analgésicos durante as crise de dor

22) Onde é realizada a cirurgia de cálculo renal?

As cirurgias de retirada de pedra nos rins deve sempre serem feitas em ambiente hospitalar aos cuidados de um urologista, sua equipe e sob anestesia, realizada pelo anestesista.

Gostou do artigo? Ainda tem dúvidas? acesse meu blog onde tenho outros artigos relacionados:

www.drleone.com.br/blog

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